O melhor do Natal

Por Ivalda de Fátima Oliveira

Mais uma vez o Natal... luzes, cores, enfeites, festas...

Presentes e alegria. O mundo cristão se transforma para rememorar o nascimento daquele que dividiu a história e marcou para sempre crenças e princípios religiosos de toda a humanidade. Embora seja uma data muito explorada pelo comércio a serviço do capitalismo, é inegável que esse período promove o afloramento das melhores atitudes humanas.

Não se vê, ao longo do ano, tanto gesto generoso, tanta manifestação de fraternidade e sentimentos de união como nesta época. As pessoas parecem tocadas por invisíveis vibrações de paz, bondade e ternura. Parentes, amigos e, principalmente as crianças, são alvos de carinho, atenção e ternura inexcedíveis. Esse comportamento produz uma atmosfera de doce harmonia entre as pessoas. É como se o Cristo, mais lembrado, pudesse estender de forma mais efetiva sua extraordinária vibração elevada pela Terra.

Os cartões de Natal, as vitrines das lojas, a mídia e até os lares repetem a comovedora cena da manjedoura em Belém. Os cânticos natalinos frisam o suave encantamento daquela noite memorável em que Jesus, pequenino e humilde, trazia para a humanidade a mais sublime revelação, o amor.

Esse clima de Natal, que se repete a cada final de ano leva-nos a profundas reflexões em torno da figura do Cristo. Ele, o ser mais elevado que já pisou no chão do planeta, o espírito puro profundamente vinculado a Deus, fez-se frágil bebezinho, exposto às intempéries para chegar ao coração do homem. Enfeixou no Evangelho a moral superior capaz de conduzir ao progresso nossas almas sedentas de paz. Percorreu caminhos pedregosos, congregou em volta de si pessoas humildes, mulheres simples, crianças e velhos. A todos fez entrever as carícias do reino divino. Perdão, caridade, amparo e compreensão eram suas práticas cotidianas.

Jesus soube valorizar cada ser humano, distribuindo curas e edificando a fé nas consciências. Tratou a todos como irmãos profundamente queridos e apresentou Deus como pai de infinita bondade e misericórdia. Sua palavra terna e enérgica balsamizava feridas, trazendo a esperança de dias melhores principalmente para os sofredores, os mansos, os pacíficos, os injustiçados e os misericordiosos.

Como terapeuta divino, ensinou que o amor é santo remédio para os males do espírito. Sua permanência entre os homens traduziu-se na mais linda mensagem que o mundo conhece: a Boa Nova.

Tudo isso aconteceu há mais de 2000 anos e ecoa até os dias de hoje como perene convite para que sigamo-lo.

No mês de dezembro, temos Jesus de volta, lembrando-nos que o caminho da edificação espiritual passa necessariamente pelo amor ao próximo, pela fraternidade e por todos os sentimentos elevados que cultivamos com um pouco mais de naturalidade por ocasião do Natal.

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