[Livro] O despertar do amor

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Os filhos de grande empresário chegam do Exterior com muita festa e luxo. Mas o planejamento para a reencarnação daquele grupo de espíritos previa uma dramática experiência, onde eles colocariam à prova o jeito sempre tão materialista e cheio de descrença de enxergarem os fatos.

O livro traz a dimensão espiritual da vida, onde em pronto-socorro instalado na crosta do planeta um dos personagens receberá tratamento, depois de se acidentar e partir de repente. De lá, Henrique registra os apelos desesperados dos familiares, com quem está ligado mentalmente. Tenta voltar para casa e não entende por que ninguém fala com ele.

Henrique passa a ficar espiritualmente “preso” ao seu irmão, que sofre com o processo de obsessão, tornando-se depressivo e apático. Henrique se comunica através do irmão Marcelo mostrando sua dor.

O problema da descrença, acentuada no pai e filho, tem origem em longa data. Ambos estavam reencarnados na Espanha, no século 15, em Aragão e Castela, durante período delicado da monarquia, com o pleno funcionamento do Tribunal da Inquisição. As decepções com os aspectos relacionados à religião foram tantas que levaram não somente eles dois, mas boa parte do grupo familiar à total descrença dos valores espirituais.

O livro trata de forma muito elucidativa o socorro espiritual que acontece no lar da família, mostrando a fúria dos espíritos que ali estavam para prejudicar.

Vivem todos agora momentos difíceis, mas o ódio, a inveja, a vingança ainda dará lugar para o verdadeiro amor, que finalmente deve se revelar.


 

Características

Médium: Umberto Fabrié
Espírito: Jair dos Santos
Editora: Correio Fraterno
Idioma: Português
Tamanho: 14X21 cm
Páginas: 200
ISBN-13: 978-85-5455-007-3

Degustação

1º capítulo de O despertar do amor

Motivos de orgulho

"O intercâmbio no país de língua inglesa havia se encerrado exatamente no mês do aniversário dos gêmeos. Alguns familiares aguardavam Marcelo e Henrique, no aeroporto de uma das metrópoles brasileiras, para comemorar o retorno em grande estilo. Filhos de um empresário bem-sucedido, os rapazes haviam se ausentado de casa durante um ano, preferindo, inclusive no período de férias, continuar um curso extracurricular, para aproveitamento máximo da oportunidade.

Ambos estavam sendo preparados para assumir futuramente os negócios da família, já herdados dos avós paternos, cujos resultados positivos cresceram nas mãos habilidosas do sucessor.
Os rapazes no auge de sua juventude completariam 19 anos, na semana seguinte ao retorno ao lar.
Tudo estava sendo cuidadosamente organizado, desde a nova decoração das suítes dos garotos, até a comemoração da chegada e a festa de aniversário, que se realizariam em poucos dias. A lista de convidados era numerosa e composta de nomes importantes, portanto, os comes e bebes ficariam a cargo de um chef famoso e equipe, contratados a peso de ouro, para que tudo saísse dentro dos conformes.
Os presentes dos aniversariantes teriam que ser especiais. Como os meninos estavam aptos a dirigir, ganhariam, cada um deles, um carro esportivo, importado de famosa montadora europeia. Os pais sabiam do gosto refinado dos filhos, visto que sempre fora oferecido o melhor para os gêmeos.
– Afinal, para quem era o dinheiro e as empresas, a não ser para eles mesmos? – perguntavam-se sempre marido e mulher, quando de suas conversas relativas aos filhos adorados.
A chegada foi comemorada com uma comitiva festiva e alegre. Valmir e Clotilde, os pais, aguardaram Marcelo e Henrique, em casa, com a recepção surpresa.
Tão logo adentraram a porta principal, foram recepcionados pelo mordomo, os parentes e amigos mais íntimos surgiram na galeria da magnífica mansão, aos brados de boas-vindas...
A alegria era geral, abraços e beijos de todos... Os rapazes estavam sendo recebidos como se fossem heróis. Breves discursos emocionados por parte de alguns familiares mais exaltados transformavam a recepção em algo ainda mais festivo.
Apesar de serem gêmeos univitelinos, as personalidades se diferenciavam, obviamente. Henrique era o mais introspectivo, diferentemente de Marcelo, que adorava uma festa, sendo um falador inveterado, que amava contar seus feitos em detalhes.
Todos ouviam maravilhados, pois o poder de persuasão do jovem Marcelo, de fato, era surpreendente. Re- contava passagens simplórias como mirabolantes aventuras. Os pais ficavam inebriados com a sagacidade do filho e entendiam que Henrique necessitava mesmo ser mais comedido, para controlar por vezes os arroubos do irmão. Contudo, era uma dupla perfeita.
Valmir conseguia enxergar Marcelo sendo responsável pelas divisões de vendas e marketing, enquanto Henri- que seria o administrador, controlando o andamento e focando a área financeira das empresas. Seu pai, avô dos meninos, falecera quando os gêmeos atingiram a idade de 10 anos. Uma verdadeira pena, porque, se o “velho”, como Valmir costumava tratá-lo carinhosamente, pudesse ver hoje os netos ficaria tão orgulhoso quanto ele.
Sua mãe, no entanto, ainda estava firme, apesar da idade avançada. Com seus 90 anos, era a legítima “nona”, dando ordens e broncas, quando fosse necessário. Fazia questão de viver em sua casa, reclamando sempre do exército de cuidadoras que Valmir e Clotilde colocavam à sua disposição. A nora cercava-a de cuida- dos, principalmente depois da morte de seus pais em um acidente aéreo, ocorrido com jato particular da família.
A “nona” repetia incessantemente:
– Onde já se viu tamanho desperdício de dinheiro?
Tenho forças suficientes para continuar cuidando de mim mesma...
Porém, Valmir, filho único, fazia ouvidos moucos para as reclamações da mãezinha e mantinha as enfermeiras, sempre em plantão permanente. Ele não tinha recebido o melhor daqueles que lhe deram a vida? Então, não mediria esforços e continuaria a fazer tudo para o conforto de sua mãe adorada.
A “nona” também estava presente na recepção, afinal, eram os seus dois únicos netos. Recebeu os gêmeos emocionada, bem a caráter daquelas pessoas que nasceram e foram criadas para a manutenção da família. Era um espetáculo tocante para todos os presentes, com a vovó, colocando cada um dos netinhos sentados ao seu lado, cobrindo-os de beijos e abraços, afagando suas cabeças como se ainda fossem duas crianças."