O autodomínio para se renovar atitudes

Por Redação

Mergulhados em ansiedades, na pressa, na falta de tempo, acabamos por adiar o trabalho intransferível de nossa renovação, para nos alinharmos cada vez mais com valores e princípios mais elevados.

 Espíritos que somos, únicos seres livres no universo, precisamos agir com conhecimento de causa, não havendo nada mais reconfortante para nós do que sabermos que a nossa libertação também está em nossas mãos. Mas para isso é preciso que conquistemos o autodomínio e é justamente sobre isso que a filósofa e escritora Astrid Sayegh aborda no livro Como renovar atitudes (editora Correio Fraterno). 

Não se trata de uma obra sobre o quê, como e quando fazer algo para ser feliz. O livro oferece uma leitura prazerosa, que nos traz a vontade de nos conhecermos, num estímulo à conscientização de nossas limitações, que tanto nos embaçam a visão interior, como também nos ajuda a ter consciência das qualidades que já apresentamos em nossas ações.

Como renovar atitudes nos desperta para o reconhecimento de potencialidades, que dependem da vontade e da ação do próprio espírito para serem reveladas, numa conquista autêntica do ser. 

Ao apresentar a obra, Nancy Puhlmann Di Girolamo (1924-2018) – que por décadas esteve à frente da Instituição Beneficente Nosso Lar, em São Paulo – ressalta a vocação educacional e a experiência comunicativa da autora, que fizeram do livro um roteiro claro e conciso, num incentivo para que o leitor caminhe com suas próprias reflexões, “sem tom do moralismo crítico e de prejulgamento de atos e fazeres inspirados por ideias e pensares em estilo medieval”.

Nancy diz ainda que, seguindo a pedagogia de Jesus, que criava parábolas dentro de situações comuns na época, a autora aborda vícios e virtudes, na ‘situação’ em que se apresentam na atualidade, abordando as causas e abrangendo as soluções, no contexto da renovação moral e da renovação íntima, assim nos colocando frente a frente com o maior desafio de nossos tempos: a regeneração ou religação da natureza corporal com a natureza divina, da criação e da criatura com o Criador.

Bem-vindos a uma leitura interessante, um direcionamento sobre o desafio do autoconhecimento e a origem dos próprios atos, uma caminhada sem segredos e sem receitas prontas.