A sobrevivência de George Pelham
Por Redação
George Pelham, natural de Boston, desencarnou devido a uma queda de cavalo, com 32 anos de idade. Era autor de duas obras filosóficas e descendia de tradicional família norte-americana, da qual fazia parte Benjamim Franklin. Assistira em vida apenas a uma sessão espírita com a reconhecida médium norte-americana Sra. Piper (1859- 1950), mas se mostrara cético quanto à imortalidade. Então, quatro anos antes de desencarnar, disse ao seu amigo Hodgson que era materialista e obcecado por provar que os fenômenos espíritas eram uma farsa, atribuída à telepatia:
“Se eu morrer antes de você e se me achar ainda no gozo da existência, farei tamanhos esforços para revelá-la que a coisa há de fazer barulho.”
George Pelham desencarnou em 17 de fevereiro de 1892 e já no dia 12 de março dava sua primeira mensagem escrita através da Sra. Piper, ao mesmo tempo em que o espírito Phinuit conversava com os presentes, usando a voz da médium, destruindo, assim, a teoria de que os fenômenos ocorriam graças à telepatia.
Pelham referiu-se ao momento de sua morte:
“Tudo escurecia para mim; depois voltou-me a consciência, porém, crepuscular, como quando alguém acorda antes da aurora. Ao perceber que eu não estava completamente morto, tive grande alegria.”
E pediu que na próxima sessão trouxessem sua madrasta e seu pai – e os amigos, frisou. Cético, o pai atendeu ao convite, mas solicitou que fosse apresentado com nome falso à médium. A farsa de nada lhe valeu, pois Pelham pegou lápis e papel e escreveu rapidamente:
“Olá, meu pai e minha mãe! Eu sou George!”
Em outra sessão, George Pelham disse que desejava ver o professor James Howard, com quem mantivera em vida longas discussões filosóficas. E adiantou que custaria ao professor crer que ele estivesse vivo.
Howard veio em companhia de William James, filósofo e psicólogo americano, mas quem teve uma forte comoção foi George Pelham e não respondeu às perguntas do amigo. Na noite seguinte, Howard propôs:
“Diga-me alguma coisa de que nós dois sejamos os únicos a conhecer. Tínhamos idênticas maneiras de pensar sobre muitos assuntos.”
Imediatamente a mão da sra. Piper começou a movimentar com grande rapidez e os fatos mais íntimos foram escritos, tão íntimos, que Howard não permitiu que fossem divulgados. Em seguida, Pelham escreveu a frase: “Agora, assunto pessoal para William James.
Todos se retiraram da sala. Ao regressarem minutos depois, encontraram William James com lágrimas nos olhos — mas o célebre filósofo jamais contou o que se passara. Apenas disse: “Acabo de obter tudo o que desejava como provas!”
Fonte: Kardec, Irmãs Fox e outros. Jorge Rizzini, EME.