Seguir adiante

Por Umberto Fabbri*

No caminho do autoconhecimento, o espiritismo oferece uma perspectiva valiosa. Ao seguir seus princípios, aprendemos que o amor é a força motriz do universo, capaz de transformar vidas. 

O autoperdão é essencial nesse processo. Muitas vezes, nos castigamos por erros passados, mas é preciso lembrar que somos espíritos em evolução, sempre aprendendo e crescendo, e, portanto, o erro e os enganos fazem parte do processo de aprendizagem.

Não há utilidade alguma na culpa que paralisa, que nos faz espectadores do passado que não muda. Desenvolvemos pensamentos fixos que se cristalizam e nos prendem de forma cruel aos nossos enganos, gerando uma sintonia que adoece.

Deus, que é amor, não nos castiga, mas nós nos castigamos, e adiamos com isso a oportunidade de crescer, de recomeçar e romper com o sofrimento.

A caridade é uma lição importante do espiritismo. Quando somos generosos, não apenas com os outros, mas também conosco, criamos um ciclo de positividade. Praticar o autoperdão é um ato de amor-próprio, reconhecendo que merecemos a mesma compaixão que oferecemos aos outros.

Ao seguir esses ensinamentos, encontramos paz e equilíbrio. O amor e a generosidade se entrelaçam, criando uma teia de conexões significativas. 

Cada ato de autoperdão fortalece nossa capacidade de amar. No fim, o espiritismo nos mostra que o caminho é contínuo, sempre nos convidando a seguir em frente, amando, perdoando e sendo generosos, tanto com os outros, quanto conosco.

Não devemos nos ater ao erro, nem a culpa. Seguir adiante é o único modo de evoluir. A própria reencarnação é um exemplo disso, pois nos oferece, com o esquecimento do passado, novas ferramentas para reconstruir nossas vidas.

Muitas pessoas temem a morte do corpo físico, mas o que deveríamos realmente temer é a morte da esperança, da vontade no bem, pois isso sim nos faz definhar, perder a força, a vida íntima.

Caro amigo leitor, valorizemos mais as nossas conquistas e menos nossos erros e perdas. Se Deus age assim, por que faríamos diferente?

A cada dia, é tempo de semear novas atitudes e sentimentos. Não há na face da Terra ou do próprio universo um espírito que não tenha cometido erros e, muitas vezes, por meio deles é que nos transformamos.

Evidentemente que, em percebendo que erramos, a mudança é necessária, um recomeçar, um refazer, mas sempre seguindo adiante, fazendo, mudando, consertando, perdoando.

Jesus condenava o erro e não a criatura, pois já sabia quem seríamos lá adiante: espíritos sábios e amorosos. Então, meu amigo, não perca tempo. Perdoe-se, não cometa os mesmos erros e siga adiante de cabeça erguida, olhando para seu futuro de luz.

* Profissional de marketing, Umberto é orador e escritor brasileiro, morando atualmente na Flórida, EUA. Autor de diversos livros espíritas, dentre eles: O traficante (pelo espírito Jair dos Santos), O político (Adalberto Gória) e Bastidores de uma casa espírita (Luiz Carlos), ed. Correio Fraterno.