O que disse e o que pensava Herculano Pires
Por Redação
Em 2014, como homenagem ao centenário do nascimento do filósofo, escritor e jornalista José Herculano Pires, a editora Correio Fraterno reuniu em uma obra a essência das ideias deste grande pensador contemporâneo.
Em quase 400 verbetes, retirados de suas obras espíritas, Raymundo Rodrigues Espelho pesquisou e relacionou em O pensamento de Herculano Pires afirmações importantes do poeta e filósofo espírita que, segundo o espírito Emmanuel, fora o metro que melhor mediu Kardec. Além de pontuais, seus conceitos e comentários estimulam a reflexão, a busca pelo autoconhecimento e revitalizam a definição da fé raciocinada como forma de se encontrar a verdadeira liberdade e plenitude que tanto se busca.
As ideias de Herculano Pires são claras e diretas. Apocalipse, mediunidade, centro espírita, crendices, cura, sexo, terapia espírita, separação, transição planetária, médiuns de cura, magia e filosofia são algumas das abordagens dentre centenas que permitem conhecimento e orientação a iniciantes, veteranos, expositores, pesquisadores em potencial, não apenas sobre a temática espírita, mas sobre as angústias e desafios de todos nós.
“Eu não queria saber do espiritismo. Um dia, meu saudoso amigo Dadício de Oliveira Baulet me desafiou a ler O livro dos espíritos de Allan Kardec. A contragosto aceitei o desafio e o estou lendo estudando até hoje. Tornei-me espírita pelo raciocínio. Isso ocorreu em 1936; eu tinha, então 22 anos”, revelara Herculano.
No prefácio da obra, sua filha, a expositora e também escritora espírita Heloísa Pires acrescenta: “Herculano exemplificou a necessidade e a possibilidade da soberania do homem sobre si mesmo, lembrando que a consciência humana é autoridade suprema e deve dirigir o homem; Deus nos deu essa soberania”.
Aparatos - O centro espírita nasceu como Jesus e com Jesus, sem os aparatos inúteis do formalismo religioso, restabelecendo nas almas a confiança em si mesmas.
Bem e mal - O mal aumenta o mal e transforma os homens em bichos. A lei do "olho por olho e dente por dente" pertence às épocas de barbárie. Só o amor produz a civilização, humanizando os costumes e desenvolvendo a solidariedade.
Casamento - O casamento não se faz no cartório, mas no lar, e nele é que o inimigo, transformado em parente, acaba por nos amansar.