Como renovar atitudes

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Astrid Sayegh é a autora deste livro que tem o título

Como renovar atitudes. Convite, intenção motivacional, premissa interrogativa.

Com sua conhecida gentileza, pediu-me para escrever algumas palavras para prefaciar essa obra do seu pensamento, sem perceber que vinha oferecer a oportunidade de prestar minha homenagem à escritora, conferencista e mestra emérita, muito querida pelo meu coração e por milhares de outros corações. Foi como humildemente pedir ao aluno para falar em público sobre seu mestre.

É de se perguntar: Pode o aluno ter a capacidade de fazer isto? Sinceramente, respondo que sim. Talvez ninguém, melhor que um aluno, para levantar-se em público e dizer (escrever) aos ouvintes (leitores) palavras sobre o mestre, quando a união entre ambos é o bom relacionamento, isto é, “o querer bem”, como diria Rousseau.

Autora, entre outros, do excelente livro Ser para conhecer... conhecer para ser, referência para a iniciação ao estudo da filosofia espírita, com vasta experiência no ensino de adolescentes, jovens e adultos em várias universidades, criadora do Instituto Espírita de Estudos Filosóficos, atualmente com sede na Instituição Beneficente Nosso Lar, em São Paulo, mestre e doutora em filosofia contemporânea, Astrid é conhecida e amada em todo o Brasil, realizando palestras, conferências e entrevistas, organizando simpósios e multiplicando cursos, incentivando o ser humano a refletir com o “dom dos deuses”, que é o pensamento filosófico.

Une-se, desta forma, estreitamente ao professor Rivail, Allan Kardec, que posicionou sua obra básica, O livro dos Espíritos, como “filosofia espiritualista”.

Desde Léon Denis, contemporâneo de Allan Kardec, o pensamento filosófico espírita vem tendo ilustres seguidores e, no Brasil, entre outros, destacamos mais recentemente os ilustres professores Deolindo Amorim, Herculano Pires e Manoel Pelicas São Marcos, fundador do primeiro curso de filosofia no movimento espírita brasileiro.

Atualmente, Astrid Sayegh vem realizando uma evolução significativa no saber e no pensar filosófico, decalcando o pensamento kardeciano sobre ser a doutrina espírita basicamente uma filosofia, alicerçada pelo fenômeno mediúnico cientificamente cada vez mais estudado, e com claras e diretas consequências morais e religiosas.

Astrid poderia, se o quisesse, ter escrito um grande volume com mil páginas, colocando o título desse livro sob a luz da filosofia no sentido histórico, expandindo conceitos ontológicos, utilizando a linguagem filosófica, a dialética e a lógica clássicas, mas evidentemente optou por escrever um livro compreensível para todos os interessados no despertamento da própria consciência, adeptos de qualquer crença não-materialista, evitando complicar a maior dentre as qualidades do saber, que é a simplicidade da sabedoria.

Escreveu um livro sintético, holístico, teleológico, simples, claro, linear, transparente, eminentemente didático.

A vocação educacional e a experiência comunicativa fizeram dele um roteiro claro e conciso, ao mesmo tempo incentivando o leitor a reflexões próprias, sem aquele tom, hoje em dia inaceitável, do moralismo repetitivo, crítico e do prejulgamento de atos e fazeres inspirados por ideias e pensares em estilo medieval.

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Todas as frases desse livro oferecem assuntos dignos de reflexão e direcionam condutas na variante moderna da autocondução. Estabelecem relações entre a filosofia espírita e a liberdade, colocando a liberdade condicionada à alegria moral. Separam viver e existir, pressionando o nosso entendimento para o significado mais pleno de vivência no existir cotidiano.

Enfim, desde as primeiras palavras, esse livro sintetiza um caminho motivador e facilitador da renovação de atitudes, que também abre campo e aponta a direção para uma plena renovação interior pela ligação da natureza corpórea com a natureza divina, à disposição na interioridade do ser.

Seguindo a pedagogia do mestre Jesus, que criava parábolas dentro de situações comuns na época, a autora aborda vícios e virtudes, na “situação” em que se apresentam na atualidade, abordando as causas e abrangendo as soluções, ou como superá-las, incluindo as respostas ao título, no contexto da renovação moral e da renovação íntima, assim nos colocando frente a frente com o maior desafio de nossos tempos: a regeneração ou religação da natureza corporal com a natureza divina, da criação e da criatura com o Criador.

Astrid, feliz é a nossa geração por poder conhecê-la, escutar, ler e aprender com você a importância de não apenas viver, mas também existir para a eterna busca da perfeição. Gratidão a você por esse tesouro em forma de livro, que está nos oferecendo.

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