Documentário sobre Chico Xavier
Por Redação
Vinte anos depois de sua morte, Chico Xavier tem sua vida e obra contada no documentário Chico para sempre, um projeto do cineasta Wagner de Assis com a participação do jornalista Marcel Souto Maior, autor de uma das biografias mais bem-sucedidas do médium mineiro.
O filme estreia dia 13 de outubro nos cinemas e conta com mais de 50 entrevistas que relembram não só fatos cronológicos da vida do médium, mas traça um painel das diversas vertentes que o acompanharam em sua vida: da mediunidade que impactou o Brasil desde os seus 17 anos aos desafios com a fama, as reportagens polêmicas e o imenso legado de uma obra literária que hoje já conta com 536 títulos publicados (quando morreu, em 2002, Chico tinha oficialmente 412 livros).
“Encontramos fatos inéditos. Conversamos com mais de 80 pessoas de visões e vertentes diferentes”, explica o diretor e roteirista Wagner de Assis, no ideal de fazer um registro histórico “que possa ser visto em qualquer lugar do mundo, para que as pessoas possam ter um vislumbre do que foi a vida desse homem tão comum e que conseguiu realizar algo excepcional”, explica. “Houve um momento que a gente decidiu parar. Impossível contemplar tantas pessoas que tiveram suas vidas impactadas por ele. Acho que a gente ainda vai levar séculos para compreender esse legado tão potente que ele deixou”, assinala Assis.
A produção da Cinética Filmes conta com participações de artistas, como Ana Rosa, Wanderleia, Carlos Vereza, além de médicos, cientistas, críticos literários, historiadores, amigos que o acompanharam por anos. Chico para sempre apresenta momentos inéditos, como o depoimento da amiga Juselma Coelho, que estava com o médium dentro do quarto de hospital e presenciou a luz sobrenatural que se fez presente, captada também por câmera externa do prédio, antes da ‘melhora súbita’ de Chico. Há também entrevistas inéditas de parentes diretos, que aceitaram participar do filme, como a sobrinha de Chico, Cidália Xavier.
O documentário conta também com participações de expoentes do movimento espírita: Jorge Godinho, José Carlos De Lucca, Alexandre Caldini, Oceano Vieira, Geraldo Lemos, Guiomar Albanesi e Nena Galvez, dentre outros.
A produção visitou as cidades mineiras de Pedro Leopoldo e Uberaba lá encontrando materiais que permaneceram por décadas num sótão que cedeu numa chuva, trazendo abaixo originais, recortes de jornais e até mesmo o projeto do arquiteto Oscar Niemeyer para Chico Xavier.
Com 2:15h de duração, o documentário revive momentos icônicos do médium na televisão, no conhecido programa Pinga-Fogo, traz depoimentos antigos como do cantor Roberto Carlos e do ator Fabio Junior.
“Não é uma homenagem, porque o Chico mesmo diria que não precisa de uma. Mas uma constatação: sua presença na vida do país, mesmo 20 anos depois de ir embora”, explica Assis, concluindo:
“É importante que se volte a falar de pessoas que realizaram coisas positivas, que venceram seus desafios, num momento como esse, em que precisamos de bons exemplos. Falar que há muito mais além dos nossos olhos, que os nossos sentidos percebem, recomeçar essa jornada depois de tanta dor e tanto sofrimento que o país passou”.
Assista ao trailer: