Ford reencarnacionista
“Quando eu era jovem, sentia-me, como muitos outros, aturdido. Via-me fazendo perguntas a mim mesmo: para que estamos aqui? Não encontrava resposta. Sem uma resposta a essa pergunta, a vida fez-se vazia, inútil. Então, certo dia, um amigo entregou-me um livro que me trouxe a resposta que eu esperava. Mudou toda a minha vida. Do vazio e da inutilidade de meus pontos de vista, para uma vida de propósitos e significação. Acredito que estamos aqui, agora, e tornaremos a voltar. Disso eu tenho certeza. Aqui estamos com um propósito e continuaremos com ele. Mente e memória são eternas.
“Adotei a teoria da reencarnação quando tinha 26 anos. A religião nada me oferecia nesse ponto. O próprio trabalho não podia dar-me inteira satisfação. O trabalho é fútil, se não podemos utilizar a experiência que reunimos numa vida, para usá-la na próxima. Quando descobri a lei da reencarnação, foi como se tivesse encontrado um plano universal. Compreendi que havia uma oportunidade para pôr em jogo as minhas ideias. O tempo já não era limitado. Eu já não me sentia escravizado aos ponteiros do relógio. Gênio é experiência. Algumas pessoas parecem pensar que se trata de um dom ou de um talento, mas é fruto de longa experiência em muitas vidas. Algumas almas são mais antigas do que outras, por isso sabem mais.
“A descoberta da reencarnação tranquilizou a minha mente. Se vai registrar essa conversa, escreva-a de forma a tranquilizar a mente dos homens. Eu gostaria de comunicar a outros a calma que a visão de uma longa vida nos dá.”
Fonte: A revelação da chave. Raymundo Rodrigues Espelho, EME, 1992. Publicado no jornal Correio Fraterno em agosto de 1998.