Casos de aparições que podem ser tocadas

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Por Izabel Vitusso

Embora sejam mais difíceis de ser investigadas, as aparições tangíveis fazem parte de uma fenômeno natural, cujo princípio é o mesmo de todas as manifestações espirituais: acontecem graças às propriedades do perispírito, que pode sofrer diversas modificações, de acordo com a vontade do espírito.

Não se trata de materialização através de médium, mas de um processo direto em que o espírito adensa a constituição periférica de seu corpo, tornando visível e tangível a forma exata do corpo físico.

Ao falar sobre o assunto, Herculano Pires cita pelo menos dois casos em seu livro Relação espírito-corpo (Paideia), enfatizando que nesse fenômeno, o espírito aparece a amigos e familiares, conversa naturalmente com eles, despede-se abraçando-os e se comporta como se estivesse vivo. 

Ele conta o caso ocorrido em São Paulo com o conhecido jornalista Oswaldo Mariano, que não sabia da morte de seu colega Frederico Poggi, e o encontrou, na porta do Palácio Mauá, abraçou-o, bateu-lhe nas costas, indicou-lhe médico, uma vez que ele queixava-se de estar doente, e dias depois ficou sabendo de sua morte em data anterior ao encontro.

Caso semelhante aconteceu na redação da Folha de São Paulo, às vésperas de uma edição de finados, onde uma poetisa entrou, pedindo à jornalista a publicação de um soneto. Atendida, com a promessa de publicação, a visitante se despediu e desapareceu.

Dias depois apareceram na redação duas irmãs da autora, perguntando como surgira aquele soneto. Ante a resposta de que fora a poetisa que o levara para a edição de finados, disseram da impossibilidade, uma vez que a irmã havia falecido dois anos antes. O fato é que todos a viram na redação e testemunharam o seu aparecimento.

As aparições tangíveis de Jesus depois da morte incluem-se nessa linha de fenômenos. Ele apareceu no Cenáculo, na Estrada de Emaús, acompanhando dois de seus apóstolos.