Bailarina há 3.300 anos

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Na cidade de Blackpool residia uma inglesa que afirmava ter vivido há 3.300 anos. Em transe, a jovem dizia se recordar de ter sido bailarina em Karmak, num templo egípcio. Apresentava dança e rituais egípcios, cantava hinos a Ísis e Osíris e servia-se unicamente da antiga linguagem egípcia, falada na 18ª  dinastia. Por sua fala, muitos egiptólogos verificaram, pela primeira vez, como se pronunciava a língua até então apenas  conhecida pelos hieróglifos.

O organista inglês Frederic H. Wood e o professor Howard, da Universidade de Oxford, gravaram foneticamente todas as conversas com a jovem, traduzindo-as para o inglês, cujo conteúdo compôs depois o livro O Egito fala, publicado pelo pesquisador em Londres1.

Os estudiosos declararam que a inglesa não só falava corretamente o egípcio, como também escrevia hieróglifos e utilizava frases como apenas se fazia na Antiguidade. Quando não estava em transe, a jovem  não mostrava o mínimo de interesse pela egiptologia e não suspeitava da sua anterior existência. Estudos Psíquicos, junho,1982.

 1 Frederic H. Wood, Ancient Egypt Speaks, 1955.

Karnak é o maior templo do Egito. Construído por inúmeros faraós, entre 2200 e 360 a.C., ele contém em seu interior o grande templo dedicado a Amón-Rá, considerada a mais poderosa divindade da mitologia egípcia. Outras edificações completam o complexo, como a capela de Osíris, templo de Ptah, templo de Opeth. Hatsepsut, Seti I, Ramsés II e Ramsés III são alguns dos faraós que intervieram em sua construção. Egiptólogos continuam a estudar as ruínas destes templos, que são riquíssimas fontes de informações sobre a antiga sociedade egípcia.