Os fenômenos de efeitos físicos na minha casa

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Por Caio Sadayuki de Moraes

A doutrina espírita me trouxe um novo e extraordinário olhar sobre mim mesmo e sobre tudo o que me cerca, mas a forma como a descobri foi um tanto perturbadora. O conhecimento sobre o espiritismo veio depois de uma série de fenômenos de efeitos físicos que presenciei quando morava fora do Brasil.

Tudo começou quando decidi sentar-me em repouso por alguns minutos diariamente para respirar fundo e silenciar a mente, que estava cheia de estresse e preocupações. 

Em certas ocasiões, ao abrir os olhos, via pequenas ‘fumaças’ no ambiente, que começavam a tomar forma, mas que desapareciam na primeira piscada de olhos. Por vezes, acordava com a voz de uma criança pronunciando meu nome e me dando "bom dia", com músicas instrumentais lindas tocando em minha mente, as quais nunca havia ouvido em lugar algum. Noutras vezes, eram gargalhadas que ecoavam, principalmente quando eu bebia, com destaque para as batidas e os estalos que eu ouvia. 

No início, comecei a atribuir os estalos ao frio europeu, mas percebi que eram pontuais, em alturas e locais distintos, no calor, no escuro, no claro, com ou sem visitas, e a qualquer hora do dia. Tendo notado essas coisas, comecei a dar-lhes mais e mais atenção.

Essas ocorrências, apesar de não me assustarem, porque cresci numa família esotérica, começaram a me preocupar num certo dia, que acordei às 4 da manhã com crise de ansiedade, tendo que ser levado às pressas a um hospital da Alemanha. 

Nesse dia, antes de adormecer, senti que havia como um falatório dentro do meu quarto. Essa foi a única vez que isso aconteceu. Foi aí que resolvi então procurar um centro espírita em Hessen, cuja equipe pegou meu endereço e me disse que isso parecia ser mediunidade, e que havia um espírito antigo no ambiente; e que fariam preces por ele. Depois disso, os estalos foram diminuindo, até cessarem.

O grupo evangelizador me orientou a iniciar a leitura de O livro dos espíritos, a primeira obra espírita que li na vida. Logo me apaixonei pelo espiritismo, não só porque explicava os fenômenos ocorridos em casa com tamanha exatidão, mas porque o livro me respondia a grande maioria das perguntas que eu levava comigo nas viagens. 

As experiências mediúnicas que tive naquela época foram um divisor de águas na minha vida. Se antes tinha alguma dúvida, hoje posso afirmar para mim mesmo que não estamos mesmos sozinhos, e que existem, em verdade, seres inteligentes ao nosso redor, em comunhão conosco, onde quer que estejamos.

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