[Livro] Amanhã será outro dia
Um jornalista ateu vai para guerra e descobre o amor e o lado espiritual da vida quando se mobiliza para resgatar crianças órfãs e passa por grande transformação.
Peter Zoldan é enviado ao Leste Europeu para cobrir uma guerra. Em um esconderijo, num quarto de hotel, absolutamente descrente de qualquer realidade espiritual da vida, junto aos seus assessores, ele encontra um grupo de crianças assustadas, que perderam os pais no conflito da guerra.
Os dias que o jornalista passa, empenhado em libertá-las daquele cenário de ameaças e dores, vai lhe mostrar outra realidade e fazê-lo refletir sobre novos valores da vida e provocar mudanças inesperadas no seu jeito de ver, pensar e sentir o mundo.
Sua surpresa será ainda maior ao perceber que a morte não existe. E mais, que um espírito familiar o auxiliava de perto a enfrentar os grandes impactos da destruição.
Suas antigas convicções aos poucos não encontram mais espaço em seu coração. Entende que aqueles que os antecederam continuam presentes, numa realidade muito longe do que ele imaginava, em seu pensamento restrito e materialista. Porque viver o medo e as restrições, sentir a dor do outro diante de tamanha destruição o prepara para sentir a vida como nunca antes sentira. Finalmente entendeu que sem o amor tudo perece, é estéril. Com ele, não há solidão ou egoísmo, ódio ou guerra, apenas paz e felicidade.
Características
Marcus de Mario
Editora: Correio Fraterno
Idioma: Português
Tamanho: 14X21 cm
Páginas: 192
ISBN-13: 978-85-98563-83-1
AVALIAÇÃO
Jornalistas que cobrem histórias em primeira mão em zonas de conflito e guerra, aproximando-se o suficiente para conseguirem reportagens que também são acompanhadas pelos leitores através de textos, fotos, gravações de áudio e vídeo. Profissionais que colocam a vida em risco para mostrar ao mundo as barbáries de um conflito armado.
São eles que chegam perto dos tiros e do combate, acompanham toda a ação e lutam sem armas. Levam uma vida dura com privações e perigos constantes. Acompanham o sofrimento da população civil e as atrocidades que lhes são cometidas por aqueles que defendem a sua posição e não respeitam nem leis e nem regras quando o conflito aflora.
Não existe guerra sem mortes, sem sangue, sem dor, sem luto. O desafio desses profissionais é sobreviver para contar ao mundo o que viram e vivenciaram.
O livro Amanhã será outro dia do autor Marcus De Mario, publicado pela Editora Correio Fraterno, retrata a difícil vida que Peter Zoldan e outros correspondentes de guerra, jornalistas internacionais, estão levando, sitiados numa cidade em conflito que sofre constantes bombardeios.
Apesar das credenciais de jornalistas, eles são vítimas da hipocrisia humana, onde os tiranos dominadores ignoram essa condição e os mantêm ilhados, sem contato com o mundo exterior, e até mesmo seus equipamentos de trabalho foram confiscados.
Nas fugas para realizarem o trabalho em campo, deparam-se com as atrocidades que são cometidas contra a população civil, que não respeitam idosos, mulheres e em especial as crianças.
E é em prol dessas crianças que perderam seus pais que esse grupo vai se dedicar.
Como o próprio autor escreve: "Este romance não se insere na forma comum de uma história de amor. É antes uma história reflexiva, com profunda carga filosófica, discutindo a própria vida diante de um cenário real de guerra entre os homens".
Uma história de resgate dos valores essenciais à condição e valorização do ser humano, em que o amor ao próximo, a solidariedade, a compaixão, a fé e o poder da oração ultrapassam os interesses políticos e econômicos que existem por trás das guerras e conflitos.
Sônia Kasse
Avaliação original publicado no Jornal Correio Fraterno