A prevenção do suicídio no Brasil e no mundo

Por Redação

“Há momentos em que a vida se torna um fardo e muitos de nós perdemos a coragem de seguir em frente. Essa experiência é mais comum do que se imagina, embora ninguém goste muito de falar a respeito – ou não tenha com quem compartilhar seus momentos difíceis.” 

Foram reflexões como essas sobre um assunto, tido como tabu, que levaram o jornalista André Trigueiro a se aprofundar nos estudos e pesquisas sobre a realidade que ceifa silenciosamente milhares de vidas todos os  anos pelo mundo.

“Como jornalista, jamais havia me aprofundado nos possíveis desdobramentos nesse sentido. Sempre achei esse assunto, suicídio, pesado, um tanto assustador. Mas a minha percepção começou a mudar em 1999, quando um amigo me instigou a buscar informações sobre dados, estatísticas e o esforço de alguns grupos isolados para prevenir o autoextermínio” relembra o jornalista André Trigueiro, autor do livro Viver é a melhor opção – A prevenção do suicídio no Brasil e no mundo.

O livro, lançado em 2015 pela editora Correio Fraterno, veio ao encontro desta lacuna que existia para se obter informações relevantes de maneira segura e organizada sobre o tema.

Lembrando a importância do trabalho realizado pelo CVV, instituição que há mais de 60 anos realiza um serviço voluntário de excelência na escuta de quem necessita desabafar,  vale  assinalar que, em nosso ciclo de amizades, de convívio profissional e familiar, também podemos fazer a diferença, estando atentos e sabendo como lidar com pessoas que estão passando por momentos delicados, à nossa volta, tornando-se emocionalmente vulneráveis. 

“Quantos ‘acidentes emocionais’ deixariam de ser fatais, se as pessoas próximas do suicida soubessem o que fazer para lidar com um problema aparentemente insolúvel!” – lembra o jornalista em sua obra.

Viver é a melhor opção traz também um precioso estoque de informações de origem na doutrina dos espíritos, que permitem ampliar os horizontes do leitor ao explicar as razões da dor e do sofrimento, e por que o suicídio não representa em nenhuma hipótese alívio ou libertação.

“A luta em favor da vida é causa comum. Estamos juntos na mesma espaçonave. Se a viagem para alguns parece longa e desagradável, e há como reduzir ou eliminar esse desconforto, por que não fazê-lo? Quem está sentado ao lado não é apenas passageiro. É parte de algo maior em que você também está inserido. Há quem chame isso de Humanidade.” – sintetiza Trigueiro em sua obra.