A Impressionante descrição de Madame Loni

César Lombroso

Por Redação

Em 1909, pouco antes de desencarnar, o famoso psiquiatra e criminal-antropologista italiano César Lombroso, autor da importantes obras como Hipnotismo e espiritismo, enviou uma carta ao jornalista Demétrio de Toledo que publicava, em Paris, a Revista Internacional de Espiritualismo Científico. Ao receber a carta, Demétrio de Toledo colocou-a em um envelope lacrado e, em seguida, entregou-a nas mãos da médium psicômetra francesa Madame Loni Feignes, sem fornecer explicação alguma. De maneira impressionante, a sensitiva passou a descrever o emitente: 

"É um homem com barbas, de estatura não muito elevada; é calvo no alto da cabeça. Vejo-o com uma aparência de, talvez, cinquenta anos. Tem um porte que se impõe. Vejo-o sentado mais alto do que outros. Estes cercam-no... Ele discute qualquer coisa... Parece dar uma lição... Demonstra alguma coisa... O que diz, ele o sabe, aprendeu, investigou. Entretanto, por vezes, duvida de si próprio. É inteligentíssimo. Aborrece-se se o contradizem; é um homem muito leal e muito franco. A sua palavra é breve e severa, mas de uma belíssima pronúncia. Quando fala, abre muito a boca: ele tem movimentos nervosos; franze as sobrancelhas. O que o impede de ser ouvido é que, em certos campos, foi muito longe com suas afirmações; às vezes até mesmo riram dele. Reside em um país distante, onde o clima é magnífico... o céu muito azul... como... a Itália. Este homem sofre do fígado ou... (a psicômetra indicou o lado esquerdo)".

O sr. Demétrio comentou: "Se Madame Loni soubesse que se tratava do professor Lombroso, os detalhes fornecidos não seriam mais exatos". 

Fonte: Anuário Espírita, 1978, ed. IDE.

Sobre os fenômenos naturais

Allan Kardec explica que dentre os fenômenos naturais há os que dependem das leis que regem a ação do princípio espiritual. Como são, na maior parte das vezes, uma consequência dos atributos da alma, eles são chamados fenômenos psíquicos; e quando combinados com os efeitos da matéria, poderiam ser chamados psicomateriais ou semipsíquicos. – Revista Espírita, dezembro de 1867.