Os bons e os maus na Terra

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Por Redação

Quando a gente nasce, já estamos predestinados a ser pessoa boa ou má? Ser mau é um traço da personalidade? Maria Anita Okabe, Cotia-SP

É preciso, antes, fazer uma distinção entre a alma e o homem. A alma é criada nem boa nem má, porém suscetível, em razão do caminho que ela pode escolher: Pode seguir o bom ou o mau caminho, observar ou infringir as leis de Deus. O homem, portanto, nasce bom ou mau, dependendo ser ele a encarnação de um Espírito adiantado ou atrasado.

A causa dos tormentos que afligem a humanidade terrena está na imperfeição dos Espíritos que aqui encarnam e isso é o que determina a origem do mal na Terra. Sua predominância provém da inferioridade do planeta, já que seus habitantes são, na maioria, Espíritos inferiores ou que pouco têm progredido. Em mundos mais adiantados, onde só encarnam Espíritos depurados, o mal não existe ou está em minoria.

A Terra pode ser considerada como escola de Espíritos pouco adiantados e também cárcere de Espíritos criminosos. O mal que ainda sobressai na humanidade é a consequência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.

Deus não criou o mal. Ele estabeleceu leis, e estas são sempre boas, porque Ele é soberanamente bom. Se as observássemos fielmente, seríamos perfeitamente felizes. Porém, os Espíritos, tendo seu livre-arbítrio, nem sempre as observam, e é dessa infração que provém o mal.

Para quem acredita ser essa vida a única, isto deve parecer injustiça. Não se dá, porém, o mesmo com quem admite a pluralidade das existências e pensa na brevidade de cada uma delas, em relação à eternidade.

 O estudo do espiritismo elucida que a prosperidade do mau tem terríveis consequências em suas existências seguintes, e que as aflições do homem de bem são, pelo contrário, seguidas de uma felicidade, tanto maior e duradoura quanto mais resignadamente ele soube suportá-las. 

Bibliografia

O que é o espiritismo, Allan Kardec, FEB.