Helena e sua memória de vidas passadas

Por Redação

Helena Marquad, 12 anos, atropelada por um carro, chegou a um hospital de Berlim, Alemanha, inconsciente e com graves ferimentos. O médico do pronto-socorro concluiu que o desenlace ocorreria em breve.

Mas ele se equivocou, porque, certa manhã, depois de dias inconsciente, Helena acordou. Olhou para os presentes à sua volta e começou a falar em italiano, língua que ela jamais aprendera (naquela vida). 

Chamaram o diretor do hospital, dr. Schöder, que, por sua vez, solicitou a ajuda de um intérprete. Helena narrou corretamente na língua italiana a sua curiosa história.

Dizia ser Rosetta Castellani e que vivia em Noventa, perto de Pádua, Itália, e que nascera em 9 de agosto de 1887. Aflita, ela implorava: "Tenho dois filhos, Bruno e Franca; eles devem estar esperando que eu volte. Por favor, diga ao doutor que necessito voltar para casa, em Noventa."

Interessado, dr. Schöder decidiu-se por investigar o estranho caso. Com Helena e o jornalista R.C. Gottschalk, partiram para Noventa, cidade da Itália. 

A comprovação

Nos registros paroquiais, eles encontraram a data do nascimento de uma menina em 9 de agosto de 1887, cujo nome de batismo era Rosetta Teobaldi. Encontraram ainda o registro do seu casamento, em 17 de outubro de 1908, com Gino Castellani; o seu falecimento, em 5 de fevereiro de 1917, e o endereço da casa onde vivera e falecera. Souberam que nessa casa vivia Franca Castellani, filha da desencarnada.

Os três seguiram para lá. E mesmo antes de chegar à frente da residência que procuravam, Helena apontou, exclamando: "Aquela é a minha casa." Era, de fato, a casa que procuravam. Bateram à porta e uma senhora veio atender. 

Ao vê-la, Helena disse: "Esta é minha filha Franca". A senhora (Franca) ficou surpresa ao ver uma menina desconhecida afirmar ser sua mãe. Em seguida, Helena narrou acontecimentos da infância de Franca, os quais foram confirmados pela moradora da casa. 

O caso de Helena é tipicamente conhecido como lembrança de vidas passadas, realidade que a doutrina explica através da multiplicidade de vidas do espírito. Há anos o tema atrai pesquisadores do campo da ciência, como o psiquiatra canadense Ian Stevenson (1918- 2007), que se tornou uma das referências sobre o assunto. 

Fonte: As ciências proibidas, vol. 2, Editora Século Futuro, 1987.