Conde Rochester envia à Terra um novo romance
Por Eliana Haddad
Romance mediúnico do consagrado escritor Conde Rochester, A pulseira de Cleópatra, editora Correio Fraterno, traz a história de Thilbor, um poderoso mago que enfrenta as mais diversas emoções, tendo em mente a vingança diante daqueles que o prejudicaram. Ele busca, na verdade, a compreensão do amor verdadeiro, num enredo de pura emoção.
“Rochester fascina o leitor e consegue prendê-lo no seu visgo literário, tornando-o personagem atuante das suas obras, demonstrando que somos, todos, de fato e de direito, personagens desse drama épico que é a vida”, explica a escritora alagoana Arandi Gomes Teixeira, cuja história como médium, desde a infância, também envolve cenas emocionantes. Uma delas se refere justamente quando começou a psicografar o Conde Rochester.
Arandi e as descobertas de Rochester
No final da década de 70 uma vizinha me ‘empurrou’ um livro grande, encapado de papel prateado, me dizendo que eu precisava lê-lo. Rejeitei, por falta de tempo, mas diante da sua insistência, levei por delicadeza. Numa tarde, decidi dar uma olhadinha. A obra era A vingança do judeu. Logo no início da leitura, fui ficando estranha, emocionada, e comecei a me aborrecer, inexplicavelmente, com isso ou aquilo, que não estaria como deveria estar, com relação à edição, nomes próprios, etc. Parei, um instante e me questionei: “Arandi, você enlouqueceu!”. Como, eu poderia fazer cobranças como aquelas, se não conhecia a obra, nunca ouvira falar nela, ignorando, até mesmo, o nome do seu autor? Procurei, então, e li: “J.W., Conde Rochester”... O impacto foi grande. Declarei, sem me entender: “Eu não sei quem é você, mas sei que te amo!” Sentimentos desconhecidos, saudade sem saber de que e um dilúvio de lágrimas me alcançaram. Aquele livro era “meu! Muito meu!” Que situação estranha!... Então, uma ideia me ocorreu: desafiar o autor... Pedi, em alto e bom som: “Venha até mim! Apareça!..” Não precisei evocá-lo duas vezes. Ele se materializou no meio da sala, sorrindo, roupas de nobre inglês, exibindo muita alegria. Ficamos, assim, nos olhando. Eu chorando, muito, e ele muito feliz. A partir daí, nunca mais nos afastamos, de fato, um do outro. Outros fenômenos se seguiram e passamos a caminhar juntos, todas as noites, durante o meu desdobramento pelo sono. Eu olhava para o meu corpo na cama, adormecido, antes de sair e o seguia. Peregrinamos, muitas vezes, por espaços e esferas, diferentes; conversamos muito e ele me instruiu a respeito de obras que eu deveria estudar. Com o tempo, me disse que escreveríamos livros. Assim foi e assim tem sido.
(Veja entrevista de Arandi Gomes Teixeira no nosso site www.correiofraterno.com.br)