O que é mediunidade?
Mediunidade é o nome que se dá à comunicação entre pessoas encarnadas e desencarnadas. Ambas são espíritos, mas estão em dimensões diferentes. O espírito encarnado tem o corpo físico, vive aqui, e é chamado de médium; o desencarnado não tem o corpo físico e vive no mundo espiritual.
O espiritismo explica que todos somos médiuns enquanto condição humana, universal, pois somos espíritos e todos nos comunicamos através do pensamento, exercendo dessa forma influências uns sobre os outros.
A mediunidade sempre existiu, portanto, ao longo da história. Há médiuns mais ostensivos, que apresentam vários tipos de mediunidade: visão, audição, intuição, psicofonia, psicografia, cura etc.
A mediunidade muitas vezes foi analisada erroneamente, em função dos abusos e fraudes provocados pela falta de moral e responsabilidade humanas, com práticas interesseiras e absurdas que a fizeram motivo de incredulidade.
Allan Kardec, no século 19, pesquisou o fenômeno da mediunidade e lançou O livro dos médiuns, uma das obras básicas do espiritismo, divulgando todos os aspectos da ciência espírita.
A palavra médium, que significa meio, intermediário, é utilizada para nomear quem serve de instrumento de comunicação entre os espíritos encarnados e espíritos desencarnados.
Mediunidade não é privilégio e se encontra por toda parte, exigindo seriedade e não pode ser praticada como uma profissão, pois depende dos espíritos, tratando-se, portanto, de uma faculdade essencialmente mutável.
Também não é uma arte, nem um talento especial, pois ela não existe sem o concurso dos Espíritos e, explica Kardec, que não há no mundo um único médium capaz de garantir a obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado instante.
Os apóstolos tinham mediunidade. Diz O evangelho segundo o espiritismo, outra obra de Allan Kardec, que eles igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem intérpretes dos espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé.