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[Livro] Mesopotâmia, luz na noite do tempo

Filho de Salmanasar, o espírito Josepho conta como 3 mil anos atrás levantou o maior império da Civilização Antiga e fala de seus arrependimentos. O romance mediúnico impressiona pelos detalhes sobre costumes e cultura dos povos antigos. No romance, como Sargon, ele faz verdadeiras análises sociais, com as lembranças do que viveu na Assíria.  Ele tinha vastas possibilidades de reparar os seus enganos de reencarnações anteriores.

Porém, príncipe e depois rei assírio, optou por outras escolhas, comprometendo-se ainda mais diante das leis de divinas.

Josepho fala sobre suas mazelas morais e traz o que considera os seus maiores erros, como um alerta para o mundo atual sobre as armadilhas do poder, quando não se está harmonizado com as leis do amor e do bem. 

Características

Médium: Dolores Bacelar
Espírito: Josepho
Editora: Correio Fraterno
Idioma: Português
Tamanho: 14X21 cm
Páginas: 728
ISBN-13: 978-85-98563-95-4

AVALIAÇÃO

 Tenho comentado sempre os livros psicografados por Dolores Bacelar  no Espiritismo Comentado. Ao realizar a busca eu mesmo me surpreendi com a quantidade de livros dela já discutidos neste blog.

Para minha satisfação, a editora Correio Fraterno, que tem publicado a médium, acaba de lançar o livro Mesopotâmia: luz na noite do tempo, do Espírito Josepho, que compreende os livros que antes foram publicados na série "Às Margens do Eufrates".

Com 728 páginas, tenho certeza que o leitor irá ficar preso na narrativa, imaginando a época e os personagens.

Flávio Josefo é o nome de um historiador judeu-romano, cujos documentos chegaram aos dias de hoje e que relata, entre outras coisas, da época de Jesus. Já me questionei em outro post se o autor espiritual seria ou não o historiador, mas esta é uma questão sem resposta.

O livro se ambienta muito antes e tem por foco as culturas persa antiga e assíria, dentro da corte de Sargon II, filho de Salmanazar. Não conheço praticamente nada além das aulas de história no ensino fundamental sobre esse povo e época, e da crueldade dos assírios, que se transformaram em um povo guerreiro e conquistador, mas o autor espiritual faz muitas descrições em sua história, que bem poderia ser estudada por um profissional, separando a ficção da realidade.

A mediunidade de Dolores é responsável por textos que tratam de culturas muito diferentes da nossa, como é o caso dos livros do Jardineiro, que segundo Divaldo Franco, seria o nobel indiano de literatura Rabindranath Tagore (1913).

Nunca estudei literatura, mas considero o texto psicografado por Dolores Bacelar muito rico e variado, ao contrário de outros autores que já li. Seria fruto de psicografia mecânica? Faltam biografias sobre a autora, que sempre foi muito avessa à publicidade pessoal.

Jáder Sampaio é psicólogo, criador do blog Espiritismo comentado

Avaliação original publicado no Jornal Correio Fraterno