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[Livro] Escritores e fantasmas

Escritores e fantasmas é resultado da criativa ideia de Jorge Rizzini de desvendar a experiência de personagens da literatura mundial com possíveis vivências espirituais. A inspiração lhe ocorreu logo depois de escrever a respeito de Monteiro Lobato e sua relação com o espiritismo. Isso o fez pensar: “E Olavo Bilac, Rui Barbosa, Fagundes Varela, Afonso Celso? E Visconde de Tonay? Teriam vivido também fenômenos espirituais?”

Baseado em detalhada pesquisa documentada que realizou por cerca de 10 anos, o autor registra nesta fantástica obra centenas de experiências sobre a realidade espiritual e também as analisa à luz do espiritismo.

Leon Tolstói, Goethe, Victor Hugo, Conan Doyle, Charles Dickens, Victorien Sardou, Guimarães Rosa, Monteiro Lobato, Rui Barbosa, Olavo Bilac, dentre outros, comparecem neste volume para narrar suas experiências e os diversos fatos que marcaram suas vidas.

Eles descrevem incríveis exemplos de aparições, materializações, escrita automática, voz direta e tantos outros efeitos mediúnicos que os levaram a enxergar uma nova realidade, a existência dos espíritos e a continuidade da vida após a morte.

O leitor vai mergulhar no universo dos poetas, dos contistas, dos romancistas através de seus depoimentos genuínos. E encontrará um motivo a mais para também se perguntar sobre a sua relação com a outra dimensão, com a verdadeira origem de nossas vidas.

Jorge Rizzini
Editora: Correio Fraterno
Idioma: Português
Tamanho: 16x23 cm
Páginas: 352
ISBN-13: 978-85-5455-001-1

Trecho da abertura do livro

Mas, não apenas luminares da ciência e da filosofia exaltaram o espiritismo. Estudaram-no escritores, poetas, políticos e artistas internacionais.

Recuando mais no tempo, encontramos Luís Bonaparte recebendo comunicações espíritas através do célebre médium Home; a rainha Vitória fazendo sessões com o médium inglês R. J. Lees, autor de obras que revelam a vida além do túmulo.

Também Cristóvão Colombo revelou-se excelente médium, de acordo com as informações contidas na História Universal, de autoria de Césare Cantu. O historiador conta que Cristóvão Colombo costumava ouvir mensagens de entidades espirituais; que o navegante genovês, quando naufragou nas costas da Jamaica, anotou uma delas, em que se lê: 

'Homem insensato e vagaroso em crer e em servir o teu Deus! (diz o espírito a Cristóvão Colombo, recriminando-o pela sua falta de fé.) Que mais fez Ele por Moisés e por Davi, seu servo? Desde o teu nascimento, Deus tem sido para ti da maior solicitude. Logo que chegaste a uma idade conveniente, Ele fez retumbar maravilhosamente a Terra toda com o teu nome. As Índias, essa tão rica parte do mundo. Ele as concedeu com a liberdade de as repartires com quem te aprouvesse. As árduas barreiras do oceano caíram diante de ti, uma infinidade de países se sujeitaram a ti, e teu nome tornou-se famoso entre os cristãos. ... Volta-te, pois, para Ele e reconhece o teu erro: porque a Sua misericórdia é infinita. Se te falta realizar alguma grande empresa, não te sirva de obstáculo a tua idade. ...O desalento entrou em teu coração, e pedes socorro em altos brados."

Aqui, faz Cristóvão Colombo o comentário: "Eu ouvia todas estas coisas como um homem semimorto e faltaram-me as forças para responder à linguagem tão verdadeira. O mais que pude fazer foi chorar minhas culpas. Esse que me falou, quem quer que fosse, terminou acrescentando: Nada temas; tem confiança! Todas as tuas atribulações estão gravadas no mármore e não sem motivo”. 

E, realmente, as atribulações estavam 'gravadas no mármore', porque depois Colombo retomou o caminho da Espanha, em novembro de 1504, e só então terminaram seus notáveis trabalhos de missionário, graças aos alentos que lhe deram os espíritos luminosos.