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Yvonne Pereira, um caso de catalepsia espiritual

A exemplo dos casos de ressurreição narrados nos Evangelhos, como a volta à vida da filha de Jairo, do amigo Lázaro e do filho da viúva de Naim, a notável médium Yvonne do Amaral Pereira, psicógrafa do livro "Memórias de um suicida", também esteve em morte aparente por mais de seis horas, por compromisso assumido em existência pretérita.

Ela, que havia nascido às vésperas do Natal, no ano de 1906; com apenas 29 dias de vida sofre um súbito acesso de tosse que a levou à sufocação e à morte aparente, apresentando a rigidez cadavérica, a face macilenta e o corpo arroxeado, sem respiração ou pulso.

Tomaram-se as providências de praxe. O único médico da pequena cidade de Rio das Flores-RJ – atestou a morte por sufocação e lavrou o atestado de óbito. Encomendou-se o caixão e vestiram-na com uma roupinha branca e azul como a do menino Jesus, com uma coroa de pequenas rosas sobre a cabeça.

Apenas sua mãe, uma senhora extremamente religiosa, não queria acreditar na morte de seu anjo e, apegando-se a um quadro da mãe de Jesus, faz-lhe comovente súplica, mantendo sua menininha no berço até o último instante.

Essa longa angústia é cortada por um grito! Ela voltava à vida e para alegria de todos. A única sequela foram os ferimentos causados pelos espinhos das rosas.

A ciência médica afirma que o cérebro suporta pouco mais de cinco minutos sem oxigenação e raramente deixa de apresentar graves consequências, entretanto o espírito Bezerra de Menezes nos fala da catalepsia espiritual com o afrouxamento dos laços do perispírito, que pode durar de segundos a muito tempo. O que nos traz compreensão às narrativas dos Evangelhos e nos leva a meditar sobre as palavras de Jesus:

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.

Bibliografia: Yvonne A. Pereira. Bezerra de Menezes (Espírito)

"Recordações da mediunidade". FEB. 1966.