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Vidente assiste ao desligamento do perispírito

São inúmeros os relatos de videntes que assistem ao desprendimento do perispírito na hora da morte. O Reverendo Willian Staiton Moses, ministro da Igreja Anglicana e médium psicógrafo inglês, viu esse fenômeno algumas vezes. Dias antes do desenlace de um parente ele se dedicou a observá-lo. Isso se deu no ano de 1887.
Dizia que era a terceira vez que tinha o ensejo de estudar o processo de transição do espírito, e que se sentia feliz de poder ser útil, narrando o que via.

O senhor estava com 80 anos e, embora não estivesse bem, não era portador de nenhuma doença em especial. Moses narra que auxiliado pelos seus sentidos espirituais, viu que ao seu redor e sobre ele uma aura luminosa, que aumentava rapidamente de volume e densidade, apresentando variações de acordo com as oscilações que experimentava a vitalidade do doente.

Narra que "às vezes, um simples alimento ingerido ou mesmo o influxo magnético desprendido por alguém que se aproximava era o bastante para animar momentaneamente o corpo, parecendo determinar um revigoramento dos laços que prendiam o Espírito a ele, o que se refletia na aura, imprimindo-lhe movimento semelhante ao de fluxo e refluxo".

Diz o reverendo que observou o fenômeno durante doze dias, embora ao sétimo dia percebesse sinais da partida iminente do espírito. A flutuação de vitalidade espiritual, em via de se exteriorizar persistia. A cor da aura, pelo contrário, havia se modificado, além de ir tomando forma mais ou menos definida, à medida que se aproximava o momento da libertação do espírito.

Somente 24 horas antes do faleci¬mento, quando já o corpo jazia inerte, foi que ele viu aparecerem os espíritos-guias, que se aproximaram e sem qualquer esforço ajudaram o espírito a se desprender do corpo esgotado.

Ao mesmo tempo que isso se dava, os assistentes ali presentes constatavam a morte do corpo físico. O pulso e o coração não davam mais sinal de vida. A respiração não mais embaçava o espelho, mas os cordões magnéticos ligavam ainda o espírito ao corpo, e, assim, permaneceram durante 86 horas.

Os cordões afinal se romperam e os traços do corpo físico que ali jazia, nos quais até então se liam os sofrimentos curtidos, serenaram completamente, tomando uma expressão inefável de paz e de descanso."

Baseado no livro Metapsíquica humana. Ernesto Bozzano, 1980, FEB.

 

Artigo original publicado no Jornal Correio Fraterno