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O parto mediúnico de Ana Costa

Certa vez, o médium Eurípedes Barsanulfo foi chamado para fazer um parto na Fazenda Gameleira, distante 12 quilômetros de Sacramento (MG). A parturiente era a senhora Ana Costa, esposa do fazendeiro Manuel Januário da Costa.

Eurípedes Barsanulfo convidou para acompanhá-lo na viagem o seu amigo, o compadre João Duarte Vilela, mais o sobrinho Antenor. Foram a cavalo.

O caminho era tortuoso e escorregadio, devido às pedras. No caminho, alguns quilômetros depois, Eurípedes fez seu cavalo parar e perguntou:

— Qual é o caminho mais curto?

— Daqui à Gameleira? — respondeu João Duarte Vilela. Por que a pergunta?

— Porque acabo de fazer o parto na senhora Ana, e não há necessidade de prosseguir viagem. Mas já que estamos perto da Gameleira, vamos tomar um café na fazenda da senhora Ana Costa...

Ao chegar à fazenda, João Duarte e Antenor, admirados, constataram que o fenômeno era mesmo autêntico. Eurípedes, em espírito, já havia feito o parto da senhora minutos atrás!

Ensina Allan Kardec que, por sua natureza, e em estado normal, o perispírito (corpo espiritual) é para nós invisível, mas pode sofrer modificações que o tornem perceptível, por uma espécie de condensação, ou por uma mudança na disposição molecular. É então que nos aparece sob uma forma vaporosa ou como um corpo sólido (materialização).

O que ocorreu com Barsanulfo, como médium de efeitos físicos que era, foi o fenômeno chamado de Bicorporiedade.

Fonte: Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo da caridade, de Jorge Rizzini (Ed. Correio Fraterno).

O livro dos médiuns, Allan Kardec, FEB.