Morte ignorada pela família
Certa manhã, na França, madame d'Espérance escrevia algumas cartas comerciais. Numa delas, sua mão escreveu automaticamente as palavras Swem Stromberg. Perguntou aos empregados se conheciam alguém com aquele nome. As respostas foram negativas. Mesmo assim, resolveu arquivar a carta inutilizada.
Passam-se meses, quando ela, os professores Boutleroff, Aksakof e outros amigos estudavam o meio prático para fotografar a materialização de espíritos e resolveram tentar nova experiência.
Apagadas as luzes, descoberta a chapa e provocada a explosão do magnésio, a madame d'Espérance, que servia de médium, sentiu um contato na cabeça, mas antes que revelasse isso, algumas pessoas anunciaram que atrás dela havia a figura de um homem.
De fato, na foto apareceu atrás da médium uma cabeça humana de aspecto plácido e risonho. Perguntaram, então, a Walter, o espírito guia, quem seria e ele informou tratar-se de Swem Stromberg, falecido em New Stockholm, em 31 de março, deixando esposa e três filhos. Embora tenha sido querido e pranteado, seus pais, residentes em Strom Sctoking, em Jämtland, ainda não sabiam do ocorrido.
Cientificada a família do falecimento de Swem Stromberg, a fotografia foi por ela e por inúmeros conterrâneos identificada; depois, exposta na sacristia da Igreja local para os que reconhecessem o patrício morto apusessem a assinatura, sendo mais tarde devolvida a Fidler, encarregado de tal verificação.
O inquérito levou cerca de um ano, mas em compensação foi coroado do melhor êxito. A correspondência, bem como todos os certificados, documentos, atestados, assinados por inúmeras pessoas que tomaram parte nessa pesquisa, foram cuidadosamente guardados por Fidler e após sua morte passaram às mãos de madame d'Espérance.
Bibliografia
Afinal, quem somos? .Pedro Granja, Ed. Pensamento, 1951.
(Esse texto foi publicado na edição 347, de dezembro de 1999, do jornal Correio Fraterno).