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A experiência de Divaldo Franco e o suicídio

Mirante - Praça Cairu

Transcorria o ano de 1945. Os reflexos negativos da Segunda Guerra Mundial estavam presentes, inclusive no Brasil. Divaldo Pereira Franco, 18 anos, resolveu buscar em Salvador, BA, melhor oportunidade profissional para ajudar a família.

Conseguiu empregar-se numa companhia de seguros terrestres e marítimos. Mas poucos dias depois foi dispensado do serviço, juntamente com outros colegas. Ele, que já havia sofrido outras frustrações, inclusive o suicídio de uma irmã, balançou ante o inesperado desemprego.

Desgostoso, dá vez a entidades das sombras, interessadas em destruí-lo. Jovem, despreparado emocionalmente, deixa-se arrastar à depressão, em vez de facear a realidade. Aceita a ideia do suicídio.

Impelido por tal propósito, Divaldo sobe pelo elevador Lacerda e, aproximando-se do parapeito do imponente mirante frente à Praça Cairu, no exato momento em que vai se jogar no abismo, vê subitamente à sua frente, com impressionante nitidez, sua querida irmã Nair, justamente a que se suicidara, dizendo-lhe: "Não faça isso! O suicídio não resolve. Peço-lhe, não faça isso!”

Sacudido pelo espantoso impacto da visão salvadora, Divaldo desmaia, sendo então socorrido por particulares ainda a tempo de ter a vida poupada.

Moldando o terceiro milênio - Vida e obra de Divaldo Pereira Franco. Fernando Worm. LEA.

Artigo original: Correio fraterno