Eu sempre tenho sonhos, quase sempre iguais. Em todos eles, eu acabo levando um tiro.

Um desses sonhos que mais me marcou foi no qual eu me vi com roupas de época, em um lugar que parecia uma vila antiga, com luz e tochas na rua. Eu era uma moça muito jovem, aparentemente com 17 anos, no máximo, e fugia à noite, a cavalo de um lugar que deveria ser minha casa. 

Havia alguns homens atrás de mim. Sabia que eram meu pai e os empregados da casa, também todos a cavalo. 

Em certo momento, encontrei um homem (meu atual marido hoje) me esperando em uma carroça. 

De repente, aquele que eu sabia ser meu pai atirou no que era meu namorado. E eu, para salvá-lo, pulei na frente. 

O que mais me assustou foi que eu só vi que se tratava do meu namorado, no sonho, quando olhei para ele, depois do tiro, e o vi chorando sobre mim, enquanto ele me segurava já ferida em seu colo. 

A dor que senti demorou muito a passar. Eu acordei com uma fisgada em minha costela e muito assustada. Chorei sentidamente, e olha que já até estava ‘acostumada’ a levar esse tiro nos sonhos. Mas desta vez, o sonho foi diferente, extremamente marcante.

Não acho que o sonho seja uma bobagem ou coisa da minha cabeça.

E depois de repetidas vezes eu sonhar a mesma coisa, num deles acordei e corri para ver se eu não havia me machucado. Foi aí que eu vi que no lugar do ferimento, eu tenho uma cicatriz. 

Nunca contei isso pra ninguém. Esses sonhos me marcam profundamente. Essa é a primeira é vez que eu falo sobre o assunto. 

Será reencarnação?

Seguidora anônima – J.L.