Por Edson Marrichi Dias

Em 2008 passei por um momento muito difícil da minha vida, acometido pela Síndrome do pânico. Foi um sofrimento para mim e minha esposa.

 Afastado do trabalho e com crises frequentes, controladas por medicamentos, o meu médico psiquiatra iria fazer um encaminhamento para a minha internação numa clínica para o meu tratamento.

 Foi um baque para minha família. Eu porém estava em paz e decidido, e aí começa o que eu achei um sinal.

O meu carro estava parado na frente da minha casa e foi quando vi um moço do bairro — que andava perambulando pelas ruas, sem falar com ninguém, devido a problemas psiquiátricos, e que foi diversas vezes internado. Do nada,  ele colocou uma rosa vermelha no banco do meu carro, do lado do motorista e saiu rapidamente, logo ele que era bem rude.

Eu, sem entender nada, comentei isso com a minha esposa, o que encheu os olhos de lágrimas. Entramos no carro: eu, ela e o meu casal de crianças. Tranquilo saí e peguei a rodovia. Estávamos num silêncio profundo, quando boom!!!, o pneu do meu carro estourou. 

Eu consegui controlar o carro. Saímos no acostamento assustados e choramos juntos. Naquele momento, vi que não era para ir. Veio o pessoal da rodovia, que trocou o pneu, e eu dei meia volta e um novo rumo na minha. Considero como alguma ajuda divina, espiritual, a rosa, o moço, o pneu estourar...

Eu poderia ter morrido com minha família, e naquele momento, talvez a internação não poderia ser bom para mim. Não tenho explicação.